terça-feira, 19 de outubro de 2010

Palatul Lloyd

De acordo com a Wikipedia em rumeno, trata-se do palácio Lloyd, construído entre os anos 1910-1912 pelo arquiteto Leopoldo Baumhorn. Antes sede da Bolsa Agrícola e agora, a reitoria da Universidate Técnica de Timisoara. Trata-se de um lindo prédio, de estilo art decó. No seu térreo funciona o restaurante Lloyds, que mantém os traços da grandeza de antes.
O restaurante, com pesadas cortinas de veludo verde, pesadas cadeiras e arrumação das mesas impecável, é uma parada obrigatória para quem vai à praça Victorei, em Timisoara. A comida é excelente oferecendo desde a culinária italiana à tradicional rumena. Para quem chega com euros, o preço é excelente.
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A Loba de Timisoara

A foto ao lado, é uma tomada da praça Victorei de um dos edifícios mais interessantes de Timisoara, Romênia. Em primeiro plano, uma réplica da loba amamentando Rômulo e Remo. A Romênia sente-se, de certa forma, herdeira do grande império.

Timisoara, Timeswar
Nunca imaginei estar em algun dia em Timisoara, nem sequer ouvira falar de tal cidade. Da Romênia, apenas algumas lembranças, todas elas relacionadas ao período em que o país foi governado (com mão de ferro) por Nicolae Ceausescu, no período da guerra fria e da dominação militar da União Soviética.
Pouco se falava da Romênia que era tida como um estado comunista que buscava uma posição mais independente da centralização soviética. Cheguei a pensar em estudar química lá, tendo ido uma ou duas vezes ao seu consulado, no Rio de Janeiro, em uma pequena rua com o nome do país, no bairro do Cosme Velho, onde fui recebido de forma simpática pelos funcionários, um pouco surpresos com o interesse de um estudante brasileiro sobre o seu país. Ganhei umas publicações e a revista România e o meu interesse pelo país ficou mais ou menos por aí, restando apenas a estranha sensação de um país de língua românica.
Pois bem, eis que em 2010 fui à Romênia para participar de um congresso sobre a Internet. O Congresso, realizado na cidade de Timisoara, organizado pela IADIS, ocorreu na Universidade Tecnológica de Timisoara. Foi um bom evento, simples, bem organizado, no qual durante quatro dias se discutiram assuntos bem relacionados com as perspectivas futuras da Internet, na educação, medicina, negócios etc.

A Chegada
Aterrissamos no aeroporto da cidade por volta da meia-noite em um vôo proveniente de Munique. Fazia frio, estava escuro. Enfrentamos a fila da imigração, onde, mais uma vez o funcionário nos perguntou por que motivo o carimbo da Polícia Federal do Brasil era pouco perceptível. Tomamos um taxi, com um certo medo, pois muitas pessoas avisaram para ter cuidado, pois, afinal éramos estranhos em uma terra estranha.
Um longo caminho até o Hotel Central, em uma cidade deserta, com um motorista de taxi bastante orgulhoso da iminente entrada na Comunidade Européia de Nações. Inocentes, mal sabem que essa entrada será precedida por uma alta geral dos preços e desemprego, como modelo do receituário recomendado pelos luminares neoliberais que, a despeito da crise americana, receitam-nos como condição sine qua non para sanear o país, preparando-o para o paraíso do Kapital.
Chegamos no hotel, calor...o aquecimento estava à toda, o que para nós indicava frio extremo na cidade. Fez frio, é verdade, mas não de forma absolutamente insuportável para brasileiros vindos do calor do Rio de Janeiro. Estranhamos a insistência do recepcionista em ficar com os passaportes, de qualquer forma o passaporte ficou conosco...
O quarto do hotel recendia a tabaco. Parecia que tinha havido um encontro de fumantes invetereados naquele quarto. Depois descobrimos que fuma-se muito na Romênia. Todos fumam em todos os lugares. Ainda não existe essa história do 'é proibido fumar...' Fuma-se na hora do café da manhã, no restaurante...
Como caracterizar a decoração do hotel (esqueci de tirar fotos...) Algo como anos 60, um linóleo recobre parte da parede, para evitar que a cama danifique a parede. A mesa e o chão recobertas com um material marrom lembrando madeira. Cortinas grossas, reforçam o odor do cigarro e dão um clima meio triste, meio soturno ao ambiente. Um frigobar totalmente vazio, nem mesmo água. Fomos dormir...o que nos reserva o dia de amanhã?

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sexta-feira, 19 de março de 2010

Dona Marta

Interessante como no Rio tem lugares tão longe e tão perto. Quem reside no bairro de Botafogo, precisamente na rua São Clemente, como eu, acostumou-se (com um misto de receio e curiosidade) a ver a pequena comunidade do Dona Marta (ou Santa Marta?). Depois de alguns episódios traumáticos, o dona Marta está, pouco a pouco, se inserindo na vida do bairro. Serão precisos alguns anos de trabalho mais difícil (educação, saúde, bem estar social) para finalmente se resgatar a dívida que a cidade tem para com o pessoal do Dona Marta, em particular, e de todas as comunidades da cidade.
Acho curioso o nome comunidade em contraposição ao bairro, mais pomposo e "refinado".
Um dia, perto do natal (dia 23, talvez) subi o teleférico. Tinha curiosidade de ver o panorama lá de cima. Imaginava não seria muito diferente da vista do Mirante Dona Marta, um pouco mais acima e acessível por outro caminho. Essas são algumas das fotos de uma vista maravilhosa a partir de uma comunidade simples, educada e com o maior cuidado para receber o 'turista' com carinho e atenção.
















Essa é a visão do Pão de Açucar, visto da estradinha que liga o bairro de Laranjeiras ao topo do morro.
O rochedo é visto no meio de um fragmento da Mata Atlântica, sob uma perspectiva completamente diferente.


Logo abaixo, a baia de Guanabara, tão linda, tão calma!
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