sábado, 10 de janeiro de 2009

Uma nova Guernica

É impossível saber das notícias de Gaza, sem que se deixe de pensar nas inúmeras atrocidades cometidas ao longo dos tempos, e mais precisamente nos recentes. A lista, infelizmente, é interminável: Guernica, Stalingrado, Leningrado, o gueto de Varsóvia, Auschivitz, Dachau, Sobibor, Mi Lai, Sabra e Chatilla. Todos estes nomes remente ao lado obscuro e das maquinações políticas do Kapital.
Assistimos todos, de braços cruzados a mais um crime perpetrado pelos sionistas de Israel, sob o comando dos militaristas americanos. Eles querem, no âmbito interno, empurrar o presidente eleito a compactuar com a política de esmagamento dos direitos humanos e de busca de soluções pacíficas e negociadas para a situação criada pela repetida invasão dos territórios palestinos oficializada em 1948, com a criação do estado de Israel e continuada nas sucessivas guerras de expansão sionistas.
Transformaram a região em um dos maiores barris de pólvora de que já se teve notícia. Ato contínuo inviabilizaram todas as tentativas democráticas e de coexistência pacífica na região, assassinando, colocando títeres nos lugares de governantes comprometidos com a paz e o progresso da região. Para citar um exemplo recente, o próprio Saddam Hussein, foi colocado no poder por agentes norte-americanos, em uma tentativa de barrar o surgimento de um Iraque democrático e popular.
Não se pode disfarçar o horror visto nas repetidas fotos publicadas pelas agências estrangeiras, um horror que se assemelha aqueles representados tragicamente por Picasso e Goya.
Na imagem do horror o sol se põe entre a fumaça das bombas sobre gaza
Onde está Andrei, comparando o horror da guerra com as imagens de Goya.
Eu sou Goya!
Um corpo de mulher pende preso pela garganta no poste da praça!
O ano de 2009 iniciou-se então com um horror, não com os fogos de artifícios para alegrar dois milhoes de pessoas na praia de Copacabana, mas a tenebrosa chuva de medo e terror, despejada pelos modernos F16. Esta cruel manifestação do que acontece com uma ciência a serviço da destruição em massa.
Ao lado do minarete a coluna da fumaça dos bombardeios.
A Organização das Naões Unidas assite, com os seus rituais de reuniões do Conselho de Segurança o massacre de quase 1000 pessoas, incluindo na sua maioria, crianças, velhos e mulheres
Castelos com rijas
Muralhas e cristas
Donzelas formosas
E altivas, avistas,
Soldado e conquistas!
Ferrenho é o empenho,
O prêmio excitante!

E que alto e bom som
Ressoe o clarim,
Ao júbilo e à folga,
E à ruína outrossim.
Isso é arremesso!
Sim! Isso é viver!
Donzelas e castelos,
Se têm de render.
Ferrenho é o empenho,

O prêmio excitante!
E vão os soldados
Seguindo para adiante. (Fausto)

Nuvens de fumaça cobre a cidade bombardeada. O massacre se dá com a mobilização de meios infinitamente superiores ao das vítimas. Covardia esse é o nome.